É como tenho estado e como vou continuar mais algum tempo.
Não têm sido tempos fáceis...
Disse, num post anterior, relativamente ao último negativo: "... desta vez não doeu tanto.". Não é verdade. O impacto da notícia não foi tão forte, mas a tristeza, a frustração e a impotência apoderaram-se de mim.
Refugiei-me no trabalho, tenho possibilidade de trabalhar para além do meu horário, pagam-me para isso, então tem sido até cair para o lado.
Depois o falecimento do meu avô materno, que me educou (em conjunto com a minha avó que já faleceu há 14 anos) desde os 5 meses até aos 5 anos. Com quem eu passava as férias escolares e que amava e admirava como exemplo de vida. Foram 94 anos vividos com qualidade, com alegria rodeado da família que tanto gostava. Quando falava em morte, dizia que queria um dia deitar-se e não acordar... Adoeceu, sofreu 3 semanas e adormeceu... A saudade dói...
Mas a vida continua, mesmo quando temos vontade de fazer uma pausa, de respirar fundo, e não nos dá tempo para isso.
Continuo a trabalhar, muito.
Na próxima sexta-feira, dia 22 de Maio, temos a entrevista psicológica do processo de adopção.
A vida continua...